sábado, 16 de junho de 2012

O que é bioterapia?


É o uso de organismos vivos em tratamentos médicos.

O primeiro registro oficial é a aplicação de larvas em feridas de soldados da 1ª Guerra Mundial. Já em 1927, o cirurgião William Baer levou a terapia larval para o Hospital Johns Hopkins, em Baltimore (EUA).  Com o desenvolvimento dos antibióticos, nos anos 40, a prática deixou de ser utilizada pela medicina. Até que o aparecimento de bactérias resistentes fizessem com que a técnica voltasse a ser usada nos EUA, em Israel e em alguns países da Europa como forma de tratar feridas de pacientes diabéticos, queimaduras, tumores etc.
No Brasil, o método está em fase experimental, testado apenas em animais de laboratório.




Bichos mais conhecidos que são usados nos tratamentos:


Larva de mosca-varejeira. Método praticado em tratamento de ferimentos e queimaduras. 
É a técnica mais antiga e famosa da bioterapia, utilizada por índios e soldados. Larvas recém-chocadas são esterilizadas e aplicadas em ferimentos para acelerar o processo de cicatrização. Elas se alimentam do tecido morto (necrosado) e destroem bactérias, preservando o tecido vivo. 
São utilizadas, principalmente, quando o organismo do paciente não consegue limpar as feridas do próprio corpo. Sendo utilizadas 15 larvas/cm² de ferida, que são retiradas após 3 dias com dez vezes o tamanho inicial.


Sanguessuga (Hirudo medicinalis). Utilizada principalmente no tratamento de hematomas de cirurgias plásticas.
Começou a ser utilizado há mais de 2,5 mil anos na Índia. Acreditava-se que as doenças eram causadas por concentração de sangue, que era curado com uma sangria. Como a sanguessuga chupa o sangue sem causar dor, o tratamento se tornou popular. A técnica foi abandonada no século 20 por não ter a eficácia comprovada, mas voltou à tona nos EUA e na Europa, onde é utilizada no pós-operatório, reestabelecendo a circulação do sangue nos tecidos reconstituídos.
No século 19, hospitais em Paris usavam até seis milhões de sanguessugas para retirar 300 mil litros de sangue por ano dos pacientes.


Abelhas melíferas. Usado no tratamento de  reumatismo, artrite, infecções na pele e doenças oftalmológicas.
A apipuntura utiliza o veneno de abelhas, que tem função anti-inflamatória. O líquido é coletado para a produção de pomadas e soluções injetáveis. Também existe um tratamento mais radical, no qual o paciente recebe ferroadas de várias abelhas no local infeccionado. O tratamento não é comprovado cientificamente, mas já é experimentado contra casos de esclerose múltipla em Cuba.

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