Como
o corpo reage em situações de perigo?
Subir escadas quando o elevador não
funciona costuma ser o auge do esforço de muita gente. Mas você também pode
fazer esforços descomunais em uma situação de vida ou morte.
Mesmo que por um curto período,
nossos músculos são capazes de se contrair todos de uma vez, gerando uma força
incomum. Com endorfina, é possível não sentir dor, e os ossos modificam sua
estrutura para suportar grandes pressões.
Músculos
1- Com a adrenalina
no corpo, o sangue circula com mais facilidade e intensidade, levando mais
oxigênio aos músculos, que passam a trabalhar mais contraídos. Por isso, quando
o sistema nervoso envia os impulsos elétricos para estimular os músculos, as
fibras de contração rápida são ativadas todas simultaneamente.
2- Tudo ocorre a um nível microscópico: cada músculo tem milhares de fibras, que
contêm centenas de miofibras.
3- Compostas de proteínas, as miofibras
são formadas por filamentos menores ainda. Esse conjunto provoca a contração muscular depois de receber o impulso
elétrico.
4- Os filamentos são dispostos em fileiras. Na contração muscular,
um desliza sobre o outro e eles se encaixam, é dessa sincronia que vem a
explosão de força.
Ossos
1-
O tecido compacto que reveste o osso funciona como uma capa
rígida, composta de cálcio e fósforo. Nervos e vasos sanguíneos
passam por orifícios em sua superfície.
2- Por
dentro, os ossos têm uma parte mole e viva, composta de fibras
de colágeno.
3-
Graças ao interior maleável, o osso
é capaz de mudar e se rearranjar para aliviar grandes tensões.
Dor
1- No segundo em que nos ferimos, o estímulo da dor chega até o cérebro.
2-Quando o cérebro entende que a dor é
muito grande, ele nos poupa da notícia ruim: envia sinais para a hipófise, que
libera no sangue a endorfina.
Esse analgésico natural obstrui a
comunicação entre os nervos, impedindo que os estímulos de dor
passem.
Energia
De homem a
super-homem: com adrenalina, os sentidos ficam mais aguçados.
1- Ao sentir medo ou se deparar com uma
situação de risco o corpo sofre uma mudança radical. O hipotálamo
(responsável por manter o equilíbrio entre o estresse e o relaxamento) é
acionado e envia uma mensagem para que o organismo fique alerta.
2- A glândula hipófise
recebe a mensagem do hipotálamo e envia, pelo sangue, sinais que ativam as
glândulas suprarrenais (acima dos rins), que produzem adrenalina
3- A adrenalina
é responsável por criar um estado de prontidão. Ajuda a pessoa a enfrentar o
perigo e o organismo a lidar com o estresse.
4- Ao cair no sangue, a adrenalina
contrai os vasos sanguíneos. Assim, o sangue corre mais rápido, o que aumenta
os batimentos cardíacos e o fluxo de oxigênio no corpo. O cérebro fica mais
apto a tomar decisões rápidas e os músculos mais flexíveis. As pupilas
dilatam-se para melhorar a eficiência visual e o fígado transforma glicogênio
em glicose, que é utilizado como energia.
Num
caso de vida ou morte um sedentário pode correr até 5 km utilizando a glicose e
ainda mais 7 km com gordura.
Graças à adrenalina
despertada pelo perigo, uma pessoa é capaz de correr mais do que o normal.
Assim que acaba nosso combustível comum, a glicose, a adrenalina libera o uso
de uma fonte alternativa de energia. Esse combustível extra é a gordura.
Geralmente abundante, quando ela entra em ação, você ganha mais um pique para
fugir do perigo.
Articulação
O
joelho, nossa maior articulação, é capaz de suportar 20 vezes o peso do corpo.
1- Para aliviar as
tensões, os joelhos contam com dois
meniscos (o medial e o lateral). São cartilagens responsáveis por controlar o
peso, estabilizando a articulação.
2- Os tendões e ligamentos conectam o joelho
com músculos e ossos, trazendo a força da perna inteira para aquele ponto.
3- A membrana sinovial é responsável pelos
movimentos intensos no joelho. Além de revestir o joelho, ela produz um
lubrificante que reduz atritos.
4- O joelho fica
completo com a cartilagem, cuja principal
função é absorver impactos. Sua espessura pode chegar até 0,6 cm.
Se tudo funcionar
certo você conseguirá fugir do perigo, se não der... É bom ter um pouco de
sorte extra, pois, em casos extremos, decide se você vive ou morre.
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